O Essencial da Vida
Palavras
poderosas que convidam à busca espiritual, abrir mão da rigidez de
crenças e valores específicos, e ampliar a visão para os horizontes além
das tradições, ou melhor, para onde as diversas tradições nos conduzem.
Um trabalho de admirável profundidade, a correlação da Bagavad-Gita com a origem dos termos bíblicos utilizados por Jesus, a busca, a meta do yoga por detrás disto, neste livro, o Prof. Hermógenes apresenta o caminho do yoga fundamentado em dois dos textos mais significativos da humanidade.
Fica aqui um breve excerto.
Um trabalho de admirável profundidade, a correlação da Bagavad-Gita com a origem dos termos bíblicos utilizados por Jesus, a busca, a meta do yoga por detrás disto, neste livro, o Prof. Hermógenes apresenta o caminho do yoga fundamentado em dois dos textos mais significativos da humanidade.
Fica aqui um breve excerto.
“A
palavra sânscrita yoga, derivada da rais yuj, que significa juntar,
jungir, gera termos como conjugar, cônjuge, e se traduz por união,
integração, unificação, ligação.
No pólo oposto do Amor, que junta, une, solda, consolida, unifica, age o
descalabro do antiamor, que divide, cinde, des-liga, des-une,
des-integra, des-armoniza, que gera e nutre distâncias e distinções, que
psicologicamente se manifestam, por sua vez, como aversões, ódios,
conflitos, hostilidades, violências.
Diavolo é um vocábulo grego que significa aquilo que movimenta ou
inclina (volos) para a divisão (dia). Em português, a palavra é diabo.
Qualquer comportamento que desagregue, excomungue, separe, distancie... é
diabólico. Todo comportamento que conduza à re-ligação, é divino.
Temos, cada um de nós, um poderoso agente que nos rompe,nos racha, nos
separa, des-integra, que nos conduz ao desamor, e que, por tudo isto,
nos enfraquece, subjuga, neurotiza, perturba, aflige, empobrece...É o
diabo, que, geralmente, ou pensamos que não existe ou, se existe, não
está em nós, mas longe de nós.
Em verdade, também, em cada um de nós, está a Essência, a Realidade, a
Luz, a Paz Suprema, o Infinito Poder. Por termos tudo isto é que podemos
nos fazer invencíveis, livres, sadios, serenos, poderosos, riquíssimos.
É Deus, o Qual, por nossa forma de viver, negamos que exista e, se
existe, acreditamos estar muito além de nosso alcance e nunca O sentimos
em nós.
Os Upanishads descrevem uma árvore que abriga dois pássaros iguais na
forma, na plumagem e no tamanho. Um, nos ramos inferiores, agitadamente
vive a comer os frutos. Quando come um doce se rejubila; quando um
amargo, padece. Mas não pára de comer, cativo da gula. Sempre a gozar e a
sofrer. No galho mais alto, o outro pássaro, serenamente,
equanimemente, isento de prazeres e aflições, paira sobranceiro,
estático, imutável, seguro de si, no gozo da genuína paz – ele apenas
testemunha a vida inquieta do companheiro.
A árvore representa cada um de nós. O pássaro dos galhos inferiores é
nosso ego, o fulano de tal que supomos ser. Esta parte de nós se acha
prisioneira dos sofrimentos e gratificações pela implacável sede de
curtir o mundo dos sentidos (sensualidade). O outro pássaro, imutável e
feliz, tão-somente um sereno observador inatingível, representa o que os
Mestres hindus chamam Atman e que nós cristãos podemos chamar Emmanuel
(“Deus em nós”), nosso Eu Divino.”
Prof. Hermógenes, O Essencial da Vida, Editora Nova Era, p.15
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